terça-feira, 9 de novembro de 2010

Trabalho: dignidade ou escravidão?

O trabalho é o modo digno social de sustento. É a maneira considerada correta de adquirir dinheiro para satisfazer as necessidades pessoais humanas. Mas, apesar disso, ainda não proporciona dignidade para o trabalhador.
Desde o processo da primeira Revolução Industrial no século XVIII, quando surge uma nova classe social: o proletariado, as lutas pelos direitos dos trabalhadores - como a criação de sindicatos trabalhistas - são frequentes. No início, as condições eram precárias: falta de higiene, falta de segurança, de 16 a 18 horas de trabalho por dia e salário baixo. Depois de algumas revoltas  situação melhorou, mas o trabalhador ainda era muito explorado.
A situação do assalariado nas fábricas, porém, não era pior que a situação dos escravos nos grandes latifúndios. Tratados como mercadoria - igual a um objeto da casa - , suas condições de vida eram piores que as dos animais, tendo como repressão a violência física.
Em 13 de maio de 1888, a assinatura da Lei Áurea representou o fim da escravidão e uma nova oportunidade de vida para o trabalhador. Mas a dignidade prometida pela lei só ficou no papel. Os escravos não conseguiram espaço na sociedade e o trabalho que essa situação lhes obrigava a aceitar era praticamente escravo.
Hoje, em pleno século XXI, já possuímos tecnologia suficiente para chegar à Lua e para criar robôs que se assemelham a um humano, mas ainda não temos tecnologia suficiente para implantar a justiça requerida por aquele trabalhador do século XVIII, já que a escravidão só mudou de física para psicológica.
É preciso focar os objetivos do país na dignidade da vida de seus habitantes, para que assim, juntos, todos possam evoluir e construir uma nação forte e justa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário